30.12

Sempre lutei para ganhar. Aquilo que quero, aquilo que desejo, sei ter quando quero. A determinação é sacramento da minha alma, tenho sempre isso cravado na palma da mão. Pois se não for eu a lutar por mim, quem lutará? Não preciso que me segurem a espada, aguento-me com o peso e com o custo do desejo. O que pesa mais é não tentar, pesa na consciência. Por vezes já estou partida para outro combate e ainda sou bem capaz de voltar atrás, ao antigo local de combate, a antiga arena para ter a certeza que tudo, o que nada ficou por fazer.

Quero vitória, mas uma vitória acabada, honrada pela força de vontade. Parece que ainda sinto a adrenalina e do peso da espada que sempre segurei sozinha. Sentia-lhe mais o peso quando dava golpe em falso. Tudo marca e aquelas expressões dos que matei, dos que passei por cima souberam-me a raiva. Sei que tenho de passar por cima de tudo para ter o que quero.

Verdadeiro espírito.