23.12

Não sei que tomar como norte. Sinto-me no pólo sul com a cabeça virada ao contrário, cérebro pesado, quase a dizer adeus ao solo e caindo pelo vazio. Desorientada. Até bem que a verdade podia ser tomada como norte, mas qual verdade, aquela que todos tomam como mentira das mentiras? Aquela que a quem metem asas, voando á boca do mundo. Todos acreditam no que terá sido contado. Parecem palavras de Deus, parecem palavras de profeta. Nem reparam que por detrás de tudo isto está o diabo vestido a Cristo com barba postiça, a dizer: "Feliz aquele que acredita sem ver!”.
Para além de acreditar ficam gratos por tão nefasta verdade.