15.11


O dia consome-se e vira noite.
Consumindo a minha alma.
Na noite, eu me deparo com faíscas de sóis.
E é o fim do fogo,
A poeira dos ossos.

A noite tira-me o fôlego,
Engole toda a minha língua.

Vira, volta, retorna.
Na noite vejo a verdade oculta,
Na clara mentira do dia,
Olhos bem fechados,
Dentes brancos em sorrisos,
O sono anda e fala,
E os pés marcam o ritmo,
De uma batida sem tambor.